14.09 | 15.12. 2024
marit følstad, ole jørgen ness: noetic structures
em colaboração com | in collaboration with 222T
Em 1902, William James (1842-1910) definiu o termo noético como “estados de percepção das profundezas da verdade não sondadas pelo intelecto discursivo”. Os estados noéticos são iluminações cheias de significação que emergem como uma esfera híper-objectiva do desenvolvimento evolutivo dominadas pela consciência, pela mente e pelas relações interpessoais. À medida que os seres evoluem uma nova biosfera emerge e com ela uma nova noosfera.
Assim, Marit Følstad e Ole Jørgen Ness desenvolvem um projeto duplo site-specific – Noetic Structures na Chamusca e Roca Arctica na Golegã – centrado em várias estruturas noéticas que permitem a compreensão humana, a comunicação interespécies e a trans-missão noosférica.
Em resposta à constante extinção de espécies animais, à ameaça aos seus habitats, à diminuição geral das actividades analógicas humanas e como expressão das profundas preocupações ambientais dos artistas, a principal motivação do projecto é levar-nos para além do habitual, estabelecendo, assim, novas abordagens relativamente ao que é a arte e onde a mesma poderá ser encontrada.
Inspirados por James, as pesquisas de Følstad e Ness não enfatizam a importância de responder a questões primordiais, mas sim a forma como tentamos dar-lhes resposta. A busca de significado e conhecimento torna-se process-based e não uma prática determinada pelo resultado final. Ao abraçar a mudança como um ponto de partida metafísico, capta todas as dinâmicas do nosso mundo em particular.
Um múltiplo será editado pela esculápio edições de artista.
In 1902 William James (1842-1910) defined the term noetic as “states of insight into depths of truth unplumbed by the discursive intellect.” Noetic states are illuminations full of significance, emerging as a hyper-objective sphere of evolutionary development dominated by consciousness, mind, and interpersonal relationships. As creatures evolve a new biosphere emerges, and with it a new noosphere.
Thus, Marit Følstad and Ole Jørgen Ness present a site-specific double-project – Noetic Structures in Chamusca and Roca Arctica in Golegã – focusing on various noetic structures that enable human understanding, interspecies communication, and noospheric trans-mission.
In response to the continuing extinction of animal species, the threat to their habitats, the general dwindling of human analogue crafts, and as an expression of the artists’ deep environmental concerns, the project’s main motivation is to move us all beyond the habitual and to establish new approaches to what art is and where it could be found.
Inspired by James, Følstad and Ness’s investigations do not emphasize the importance of answering ultimate questions; instead, they stress the means by which we attempt to answer them. The pursuit of meaning and knowledge becomes process-based, not an ends-based practice. By embracing change as a metaphysical starting point, it captures all the dynamics of our world in particular.
A multiple will be released by esculápio artist editions.
à memória de | in memory of stephen rosenberg